Poluição no Rio Tâmega | Fotos e Vídeos

Poluição no Rio Tâmega | Fotos e Vídeos

Poluição. Algas verdes. Mau cheiro.

Era assim que estava o rio Tâmega entre 8 e 15 de setembro, quando estivemos a promover a campanha Vota Tâmega [www.votatamega.com] – que pretende desafiar as candidaturas autárquicas da região a comprometerem-se com a defesa de um rio livre e limpo e travar a construção das novas barragens de Fridão, Daivões, Gouvães e Alto Tâmega.

Nas nossas visitas de campo deparámo-nos com a grave situação de poluição que originou a eutrofização verificada no rio em Amarante, Mondim de Basto e Chaves. Os fenómenos de desenvolvimento anormal de algas têm o nome técnico de eutrofização e acontecem quando a água está parada, se verificam temperaturas elevadas e há excesso de nutrientes, fruto de poluição.

Divulgámos o caso nas redes sociais, apresentámos denúncias ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente na GNR de Amarante e de Chaves e estamos a preparar um relatório sobre o estado do rio, acompanhado de um caderno de exigências à Agência Portuguesa do Ambiente e ao Ministério do Ambiente.

Partilhamos fotografias e vídeos registados nesses dias.

 

Podem também recordar as imagens da Caravana Vota Tâmega e os apelos dos artistas Rodrigo Amarante e Ricardo Ribeiro.

 

Poluição no Rio Tâmega | Fotos e vídeos

 

13 de setembro de 2017

 

 

12 de setembro de 2017

 

11 de setembro de 2017

 

 

 

9 de setembro de 2017

Caravana Vota Tâmega 2017 – Fotografias

Caravana Vota Tâmega 2017 – Fotografias

Já tinha sido assim em 2015. Mas em 2017, voltámos a percorrer mais umas centenas de quilómetros pelos caminhos do Alto e Baixo Tâmega, em mais uma edição da “Caravana pelo Tâmega“, este ano dedicada à campanha “Vota Tâmega“.

Com esta iniciativa, pretendemos sensibilizar os/as candidatos/as a Presidente de Câmara nas Eleições Autárquicas de Outubro de 2017 para o impacto negativo das barragens no Vale do Tâmega. Por isso, precisamos da vossa ajuda. Em www.votatamega.com podem saber mais sobre este assunto e fazer pressão para que as candidaturas aos municípios assinem a Declaração pelo Tâmega. 

Durante uma semana percorremos os principais concelhos afetados pela construção das novas barragens previstas: o Sistema Eletroprodutor do Tâmega – Daivões, Gouvães e Alto Tâmega – e o Aproveitamento Hidroelétrico de Fridão.

O nosso muito obrigado a todas as pessoas que nos apoiaram, falaram connosco e nos deram força para continuarmos a defender um rio Tâmega limpo e livre.

Um especial abraço aos incansáveis voluntários que nos acompanharam – João Joanaz de Melo, José Candeias e Pedro Duarte – e ao empenho e dedicação dos amantes do rio: Anabela Magalhães, Artur Freitas, Jorge Mendes, Jorge Rabiço e Hélder Ribeiro.

Para o ano há mais 🙂

Para já, fiquem com as bonitas fotografias desses dias.

21, 22 e 23 de julho | Amarante

 

20 de julho | Mondim de Basto

18 de julho | Vila Pouca de Aguiar

19 de julho | Ribeira de Pena

18 de julho | Chaves

18 de julho | Vidago

 

NOTÍCIA | Barragens do Alto Tâmega? “Uma fraude”, dizem os ambientalistas

NOTÍCIA | Barragens do Alto Tâmega? “Uma fraude”, dizem os ambientalistas

Barragens do Alto Tâmega? “Uma fraude”, dizem os ambientalistas

SAPO 24 com Lusa | 9 de fevereiro de 2017

A associação ambientalista GEOTA reafirmou hoje a sua oposição à construção das três novas barragens do Alto Tâmega e acusou o projeto de representar “uma fraude”, contestando os números da produção elétrica apresentados pela concessionária Iberdrola.

Joanaz de Melo, do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), disse, em comunicado, que o Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET) é “uma fraude” e acusou o Governo “de laxismo”.

Isto porque, segundo o responsável, quando em abril do ano passado se reavaliou o Programa Nacional de Barragens, por obrigação do acordo que suporta o governo entre o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e o PS, “recusaram-se a olhar para o que ia ser feito no Tâmega”.

“As obras ainda não tinham começado, de facto, e o acordo referia explicitamente este projeto. Havia alguns acessos, um túnel técnico e nada mais. O PS ignorou o acordo, o PEV deixou que fosse ignorado e o Governo fez de porteiro da Iberdrola, deixando-a entrar à vontade para destruir um rio que é ganha-pão de centenas de famílias – na produção agrícola, no vinho verde, nos desportos de águas bravas”, salientou o dirigente.

A espanhola Iberdrola fez hoje, em Ribeira de Pena, uma apresentação pública do projeto, que inclui a construção de três barragens que, segundo a empresa, a partir de 2023 podem produzir anualmente “1.760 gigawatts hora (GWh), ou seja, 0,6% do consumo elétrico do país”.

O GEOTA, que desde o início se opôs à construção deste empreendimento, disse que fez “as contas” e contestou o valor anunciado pela empresa “quanto à real produção destas obras”.

“O SET contribuirá apenas com 0,1% da energia nacional e 0,6% da eletricidade produzida. A diferença explica-se com o critério de avaliação: a Iberdrola invoca a produção bruta e o GEOTA defende que o que deve ser avaliado é a produção líquida. Isto é, a eletricidade efetivamente injetada na rede nacional e pronta a ser consumida”, referiu a organização.



Para Marlene Marques, presidente do GEOTA, “a criação de emprego é uma falácia, pois são postos de trabalho temporários”.

Durante a construção das barragens de Daivões, Gouvães e do Alto Tâmega, a Iberdrola disse que vão ser criados 13.500 empregos diretos e indiretos

“Por via da destruição dos solos férteis e do último rio com um grande troço livre em Portugal, destroem-se postos de trabalho locais na agricultura e turismo de natureza”, acrescentou Marlene Marques.

Defendeu ainda que “o retorno real das novas barragens do Tâmega é insignificante face aos impactes sociais, ambientais, culturais e económicos do projeto” e que com a evolução esperada das alterações climáticas na região mediterrânica, “tenderá a reduzir-se ainda mais nas próximas décadas”.

As novas barragens do Tâmega, em conjunto com Foz Tua (concessionada à EDP), fazem parte do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico e, segundo o GEOTA, beneficiam de um “subsídio direto do Estado de 21,6 milhões de euros, por ano, durante 10 anos”.

– FIM –

Biosfera | Plano Nacional de Barragens: Um gigante que produz quase nada – VÍDEO

Biosfera | Plano Nacional de Barragens: Um gigante que produz quase nada – VÍDEO

Quase uma década após o lançamento do Plano Nacional de Barragens, apenas três grandes projetos subsistem. O Governo reavaliou o Plano no início do ano e manteve Foz Tua, Fridão e o Sistema Eletroprodutor do Tâmega. Os três empreendimentos vão contribuir apenas com 1,7% para o fornecimento de eletricidade.

 

 

Biosfera é um programa da Farol de Ideias, transmitido na RTP2, aos sábados, pelas 13h30. Esta reportagem foi emitida originalmente a 2016-09-24.

Contribuição do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET) para a produção energética e elétrica nacional

Contribuição do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET) para a produção energética e elétrica nacional

Nota técnica | 20 de julho de 2016

 

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) é o órgão da Administração Pública Portuguesa que tem por missão contribuir para a conceção, promoção e avaliação das políticas relativas à energia e aos recursos geológicos (DGEG, 2015a). Este órgão publica anualmente os balanços e indicadores energéticos nacionais. A informação disponível mais recente é relativa ao ano de 2014 (DGEG, 2015b)..

A energia primária compreende todas as formas de energia antes de transformadas. A eletricidade é uma energia secundária, dado que pressupõe essa transformação (ex: queima de carvão numa central termoelétrica para produção de eletricidade). Segundo a DGEG, em 2013 o consumo de energia primária foi de 20 921 ktep, equivalente a 243 310 GWh (DGEG, 2015a; IEA, 2016). Desse valor e para o mesmo ano, 52 802 GWh/ano correspondem à disponibilidade de energia elétrica para consumo (DGEG, 2015c).

De acordo com os dados do Ministério do Ambiente sobre o Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), esta obra terá uma produtibilidade líquida média de 333 GWh/ano.

Assim, para o ano de referência 2014:

 

Contribuição do SET para as necessidades energéticas nacionais:

Produtibilidade líquida média SET / Consumo de energia primária x 100% = 0,14 %

Contribuição do SET para a produção elétrica nacional:

Produtibilidade líquida média SET / Produção de energia elétrica x 100% = 0,63 %

 

O SET contribuirá assim com 0,1 % da energia nacional e 0,6 % da eletricidade produzida, com um custo comprovado entre 5 a 10 vezes superior às alternativas disponíveis (GEOTA, 2015).

Um retorno insignificante face aos impactes sociais, ambientais, culturais e económicos deste projeto, e que com a evolução esperada das alterações climáticas na região mediterrânica, tenderá a reduzir-se ainda mais nas próximas décadas.

 

  • Conheça as contas detalhadas da contribuição das barragens de Foz Tua e Fridão para a produção energética e elétrica nacional.

 

Referências

Relativamente à produtibilidade líquida média dos diferentes aproveitamentos hidroelétricos, dada a existência de múltiplas fontes com dados divergentes e de modo a manter um grau de coerência na escolha das referências, optou-se pela utilização de informação contida 1º) nos Contratos de Concessão, 2.º) nos Websites das concessionárias, e 3.º) no documento mais recente de entidades oficiais.

AIE, 2016 – Agência Internacional de Energia (2016). Unit converter. (consultado a 6.06.2016)

DGEG, 2015a – Direção-Geral de Energia e Geologia (2015). Balanço Energético 2014. Portugal.

DGEG, 2015b – Direção-Geral de Energia e Geologia (2015). Disponibilidade de Energia Elétrica para Consumo (2000-2014). (consultado a 6.06.2016)

DGEG, 2016 – Direção-Geral de Energia e Geologia (2016) Site DGEG/Missão. (consultado a 6.06.2016)

EDP, 2016 – Energias de Portugal (2016). Fridão Informação Técnica. (consultado a 20.07.2016)

GEOTA, 2015 – Grupos de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (2015). O Programa Nacional de Barragens: desastre económico, social e ambiental Memorando v. Julho 2015.

MA, 2016 – Ministério do Ambiente. Plano Nacional de Barragens de Elevado potencial Hidroelétrico – Visão Integrada da Utilização, Renaturalização e Proteção dos Rios. Portugal

MAOT, 2011 – Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território (2011). Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água superficiais destinadas à produção de energia hidroeléctrica. Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua. Contrato de concessão n.º 25/ENERGIA/INAG/2011. Portugal

 

Nota: Texto alterado a 24.01.2017, substituindo a referência à fonte da produtibilidade líquida média do SET. Onde se lia, erradamente, “contrato de concessão“, devia ler-se “os dados do Ministério do Ambiente”.
Contribuição do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET) para a produção energética e elétrica nacional

Contribuição do Programa Nacional de Barragens para a produção energética e elétrica nacional

Nota técnica | 20 de julho de 2016

 

A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) é o órgão da Administração Pública Portuguesa que tem por missão contribuir para a conceção, promoção e avaliação das políticas relativas à energia e aos recursos geológicos (DGEG, 2016). Este órgão publica anualmente os balanços e indicadores energéticos nacionais. A informação disponível mais recente é relativa ao ano de 2014 (DGEG, 2015a).

A energia primária compreende todas as formas de energia antes de transformadas. A eletricidade é uma energia secundária, dado que pressupõe essa transformação (ex: queima de carvão numa central termoelétrica para produção de eletricidade). Segundo a DGEG, em 2013 o consumo de energia primária foi de 20 921 ktep, equivalente a 243 310 GWh (DGEG, 2015a; AIE, 2016). Desse valor e para o mesmo ano, 52 802 GWh/ano correspondem à disponibilidade de energia elétrica para consumo (DGEG 2015b).

O Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH) foi lançado em 2010. Das dez barragens definidas pelo PNBEPH, sete acabaram por ser aprovadas pelo Governo (não houve candidaturas a Almourol e Pinhosão; Padroselos foi reprovada) e atualmente apenas quatro se encontram programadas (Alvito e Girabolhos-Bogueira foram oficialmente canceladas durante a reavaliação do PNBEPH em abril de 2016) (MA, 2016).

As quatro barragens previstas inserem-se na bacia hidrográfica do Douro e apresentam, no seu conjunto, uma produtibilidade líquida média de 910 GWh/ano. Ou seja, barragem do Tua com 282 GWh/ano, barragem de Fridão — atualmente suspensa por três anos — com 295 GWh/ano, e o Sistema Eletroprodutor do Tâmega — que engloba as barragens de Gouvães, Alto Tâmega e Daivões — com 333 GWh/ano (MAOT, 2011; EDP, 2016; MA, 2016).

Assim, para o ano de referência 2014:

 

Contribuição do PNBEPH para as necessidades energéticas nacionais:

Produtibilidade líquida média PNBEPH / Consumo de energia primária x 100% = 0,4 %

Contribuição do PNBEPH para a produção elétrica nacional:

Produtibilidade líquida média PNBEPH / Produção de energia elétrica x 100% = 1,7 %

 

O PNBEPH contribuirá assim com 0,4 % da energia nacional e 1,7 % da eletricidade produzida, com um custo comprovado entre 5 a 10 vezes superior às alternativas disponíveis (GEOTA, 2015).

Um retorno insignificante face aos impactes sociais, ambientais, culturais e económicos deste projeto, e que com a evolução esperada das alterações climáticas na região mediterrânica, tenderá a reduzir-se ainda mais nas próximas décadas.

 

 

Referências

Relativamente à produtibilidade líquida média dos diferentes aproveitamentos hidroelétricos, dada a existência de múltiplas fontes com dados divergentes e de modo a manter um grau de coerência na escolha das referências, optou-se pela utilização de informação contida 1º) nos Contratos de Concessão, 2.º) nos Websites das concessionárias, e 3.º) no documento mais recente de entidades oficiais.

AIE, 2016 – Agência Internacional de Energia (2016). Unit converter. (consultado a 6.06.2016)

DGEG, 2015a – Direção-Geral de Energia e Geologia (2015). Balanço Energético 2014. Portugal.

DGEG, 2015b – Direção-Geral de Energia e Geologia (2015). Disponibilidade de Energia Elétrica para Consumo (2000-2014). (consultado a 6.06.2016)

DGEG, 2016 – Direção-Geral de Energia e Geologia (2016) Site DGEG/Missão. (consultado a 6.06.2016)

EDP, 2016 – Energias de Portugal (2016). Fridão Informação Técnica. (consultado a 20.07.2016)

GEOTA, 2015 – Grupos de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (2015). O Programa Nacional de Barragens: desastre económico, social e ambiental Memorando v. Julho 2015.

MA, 2016 – Ministério do Ambiente. Plano Nacional de Barragens de Elevado potencial Hidroelétrico – Visão Integrada da Utilização, Renaturalização e Proteção dos Rios. Portugal

MAOT, 2011 – Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território (2011). Contrato de concessão relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água superficiais destinadas à produção de energia hidroeléctrica. Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua. Contrato de concessão n.º 25/ENERGIA/INAG/2011. Portugal

Plano Nacional de Barragens: Alvito e Girabolhos canceladas; Fridão suspensa

Plano Nacional de Barragens: Alvito e Girabolhos canceladas; Fridão suspensa

  • Para compreender a história do Programa Nacional de Barragens, lançado em 2007, clique aqui.
  • Para conhecer o estado das obras no terreno, em fevereiro de 2016, clique aqui.

O Governo apresentou hoje a autarcas, associações de defesa do ambiente e empresas elétricas o resultado daquilo a que chamou “Revisão do Programa Nacional de Barragens”. Além de alterações na construção das novas grandes barragens, foram anunciadas medidas relativamente ao estabelecimento de um regime nacional de caudais ecológicos, para todos os rios; à demolição de estruturas (açudes e barragens) sem utilidade e à reavaliação do plano de mini-hídricas, lançado em 2010.

O GEOTA esteve presente na reunião, está a avaliar o documento e tomará posição pública muito em breve. Relativamente ao Programa Nacional de Barragens, as decisões tornadas públicas pelo Ministério do Ambiente foram as seguintes:

  • Barragens de Girabolhos/Bogueira, rio Mondego | Endesa – CANCELADAS
  • Barragem de Alvito, rio Ocreza | EDP – CANCELADA
  • Barragem de Fridão, rio Tâmega | EDP  – SUSPENSA, por 3 anos
  • Barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega (Sistema eletroprodutor do Tâmega), rios Torno e Tâmega | Iberdrola – PROSSEGUEM
  • Barragem de Foz-Tua, rio Tua | EDP – PROSSEGUE

Ajude a parar a barragem do Tua.

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